Endocrinologia

A endocrinologia é uma especialidade médica, que estuda as glândulas endócrinas, tratando doenças hormonais e metabólicas, com o intuito de estabelecer o equilíbrio do organismo.

O endocrinologista é um profissional muito procurado por pacientes com doenças da tireoide, diabetes e obesidade, porém ele cuida também de algumas doenças menos conhecidas como Síndrome de Cushing (elevação do cortisol com várias causas), Doença de Addison (Insuficiência adrenal primária), Hiperprolactinemia (aumento da prolactina), alterações hormonais que interferem na fertilidade, síndromes poliglandulares auto-imunes, com falências múltiplas de glândulas, etc.

Além disso, existem as alterações hormonais que ocorrem na infância que são avaliadas pelo endocrinologista pediátrico.

Endocrinologia Pediátrica

A Endocrinologia Pediátrica é uma área de atuação que requer a interação de conhecimentos pediátrico e de endocrinologia para diagnóstico e tratamento de disfunções hormonais, que se instalam desde o período neonatal até o final da adolescência (20 anos). Tais alterações hormonais determinam repercussões sobre o crescimento, o desenvolvimento e o metabolismo do organismo em fase de maturação, devendo, por isso, serem considerados os aspectos peculiares de cada fase. No período neonatal, as anormalidades, mais frequentemente acompanhadas, são as da diferenciação genital; hipoglicemias; hipotireoidismo congênito e hiperplasia adrenal congênita. Nas crianças menores, predominam os quadros de crescimento deficiente, o hipotireoidismo, diabetes mellitus tipo 1 e os sinais puberais de apresentação precoce. Durante a adolescência, as queixas mais frequentes estão relacionadas à falta de desenvolvimento puberal e genital, disfunções tireoidianas autoimunes, diabetes mellitus tipos 1 e 2, obesidade, entre outras.

Teste do pezinho:

A triagem neonatal - ou o Teste do Pezinho - deve ser realizada no momento da alta do berçário, entre 48 e 72 horas de vida. Isso garantirá a detecção e tratamento do hipotireoidismo congênito entre 10-15 dias de vida, idade esta já estabelecida como precoce o suficiente para prevenir as alterações cerebrais.

Crescimento normal:

O crescimento de crianças e adolescentes deve ser observado, desde o nascimento até a obtenção da estatura final, utilizando-se, para isso, gráficos de crescimento populacionais, que estejam adequadamente ajustados para a população a que o indivíduo pertença. Os sinais de alerta para um crescimento inadequado são: percentis ou canais de crescimento abaixo do padrão populacional ou inferior ao esperado para o padrão genético da família, desaceleração do crescimento com relação à velocidade esperada para a idade, sexo e grau de desenvolvimento, previsão de estatura final abaixo da estatura alvo familiar.

Puberdade:

Alterações puberais constitucionais:
Quando a precocidade ou o atraso puberal se devem, respectivamente, a uma aceleração ou retardo constitucional do crescimento e puberdade, não há prejuízo na previsão de estatura final e a repercussão psicossocial desta variação fisiológica costuma ser de pequena intensidade. Nesta situação, habitualmente, não há necessidade de tratamento. Quando a puberdade for realmente precoce ou tardia, a investigação da causa do processo, bem como do mecanismo pelo qual o evento puberal foi ativado são essenciais para a correta escolha do tratamento.

Obesidade e diabetes:

Grande parte das crianças e adolescentes obesos terão obesidade na idade adulta. Isso porque além de carregarem os determinantes genéticos, tendem a manter os erros nutricionais e sócio culturais que desencadeiam e agravam os mecanismos geradores do ganho excessivo de peso. Portanto, todas as medidas educacionais são essenciais para a prevenção da evolução do quadro de obesidade.

Especial atenção deve ser dada aos pacientes com história familiar de obesidade, diabetes mellitus, hipertensão arterial e dislipidemia. A obesidade na infância pode estar associada à resistência à insulina, envolvida na gênese da Síndrome Metabólica.

Na vida moderna já se observa, como fenômeno mundial, o aumento de casos de diabetes tipo 2 (que normalmente ocorrem na idade adulta) em adolescentes. O fato tem sido associado ao aumento de peso e ao maior sedentarismo das crianças e adolescentes, devido às facilidades eletrônicas para o lazer, como os joguinhos computadorizados, além do aumento da oferta de alimentos, classificados como fast-foods. O controle do desenvolvimento da obesidade é de extrema importância preventiva.